segunda-feira, 20 de abril de 2009

Isto

Tudo que faço ou medito
Fica sempre na metade
Querendo, quero o infinito
Fazendo, nada é verdade

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço.

Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar além.
Vontades ou pensamentos?
Não sei e sei-o bem.

(Fernando Pessoa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário