Tudo que faço ou medito
Fica sempre na metade
Querendo, quero o infinito
Fazendo, nada é verdade
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço.
Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar além.
Vontades ou pensamentos?
Não sei e sei-o bem.
(Fernando Pessoa)
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