O MUSEU DE TUDO
Este museu de tudo é museu,
Como qualquer outro reunido;
Como museu, tanto pode ser
Caixão de lixo ou arquivo.
Assim, não chega ao vertebrado
Que deve entranhar qualquer livro:
É depósito do que aí está,
Se fez sem risca ou risco.
O FIM DO MUNDO
No fim de um mundo melancólico
Os homens lêem jornais.
Homens indiferentes a comer laranjas
Que ardem como o sol.
Me deram uma maçã para lembrar
A morte. Sei que cidades telegrafam
Pedindo querosene. O véu que olhei voar
Caiu no deserto.
O poema final ninguém escreverá
Desse mundo particular de doze horas.
Em vez de juízo final a mim me preocupa
O sonho final.
O ARTISTA INCONFESSÁVEL
Fazer o que seja é inútil.
Não fazer nada é inútil.
Mas entre fazer e não fazer
Mais vale o inútil do fazer.
Mas não, fazer para esquecer
Que é inútil: nunca o esquecer.
Mas fazer o inútil sabendo
Que ele é inútil, e bem sabendo
Que é inútil e que seu sentido
Não será sequer pressentido,
Fazer: porque ele é mais difícil
Do que não fazer, e dificilmente
Se poderá dizer
Com mais desdém, ou então dizer
Mais direto ao leitor Ninguém
Que o feito o foi para ninguém.
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... ...traigo
ResponderExcluirsangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazon
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
TE SIGO TU BLOG:
FOI ESCRITO
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesia ...
AFECTUOSAMENTE
FOI ESCRITO
jose
ramon...